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Cofundador da Rockstar vê risco em indústria que prioriza só o lucro

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Durante entrevista ao programa Sunday Brunch, Dan Houser declarou que o mercado de games corre perigo se colocar o faturamento acima da criatividade. O roteirista, responsável por capítulos icônicos de Grand Theft Auto, disse que a busca obsessiva por dinheiro pode engessar a produção de experiências narrativas relevantes.

Para Houser, ainda existe espaço para jogos com forte componente artístico, porém o setor precisa vigiar seus próprios impulsos financeiros. O comentário ecoa em um momento em que orçamentos bilionários e serviços de assinatura moldam as decisões de grandes estúdios.

Cofundador da Rockstar alerta sobre ganância nos games

Questionado sobre o futuro do entretenimento digital, o cofundador da Rockstar definiu dois rumos possíveis. No primeiro, as empresas exploram possibilidades “realmente interessantes” ao misturar tecnologia e narrativa. No segundo, priorizam mecânicas pensadas apenas para maximizar receita, deixando a experiência em segundo plano.

“Sempre há o risco de a arte comercial se distrair com o dinheiro”, resumiu Houser, lembrando que esse dilema acompanha toda forma de mídia. Embora seja contra um foco exclusivo no caixa, ele também reconheceu que o mercado de grande escala — o chamado AAA — não deve desaparecer tão cedo.

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A fala serve de alerta em um período de alta competitividade. Lançamentos de peso exigem investimentos milionários, atualizações constantes e campanhas de marketing agressivas para se manterem lucrativos. Paralelamente, aumentam as demissões e fusões, sinal de que nem todos os projetos encontram o retorno esperado.

Dois caminhos para o futuro da indústria

Na visão de Houser, as duas abordagens tendem a coexistir. Enquanto blockbusters como Grand Theft Auto VI sustentam o lado comercial, equipes menores podem surpreender com propostas autorais, como o recente Clair Obscur: Expedition 33.

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Imagem: Divulgação

Cenário para produções menores

Apesar do otimismo, o financiamento de títulos independentes encolheu após o boom da pandemia. Investidores de risco passaram a favorecer projetos com retorno mais previsível, o que pressiona equipes com escassez de recursos.

Ainda assim, exemplos bem-sucedidos mostram que o público mantém apetite por experiências narrativas diferenciadas. Jogos como Peak provam que, com ideias sólidas e custos controlados, é possível driblar a preferência do capital por blockbusters.

Para quem acompanha o assunto no OrdemGeek, fica claro que o debate sobre equilíbrio entre criatividade e lucro continuará aceso. Houser aposta que ambos os modelos podem vencer, desde que o setor não perca de vista o fator humano que torna cada jogo único.

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