Veterano da Atlus, Katsura Hashino parece sempre um passo à frente quando o assunto é RPG. Durante a conferência G-Star, o diretor de Persona 5 contou que seu objetivo agora é levar o gênero para um novo patamar.
Segundo ele, os JRPGs vivem a “fase 2.0”, já bastante evoluída. Ainda assim, Hashino acredita que há espaço para algo totalmente inédito, e chama essa próxima transformação de era 3.0 dos RPGs japoneses.
O que define a era 3.0 dos RPGs japoneses
Hashino explica que a fase 1.0 era marcada por clássicos como os primeiros Final Fantasy, verdadeiros alicerces do estilo. A etapa atual, 2.0, inclui franquias como Persona e Shin Megami Tensei, reconhecidas pelo visual refinado e pela resposta imediata aos comandos do jogador.
Para alcançar a era 3.0 dos RPGs japoneses, o diretor defende jogos com “dimensões maiores” e mudanças radicais de estrutura e apresentação. Ele não detalha exatamente como isso será feito, mas garante que as bases tradicionais precisam ser repensadas.
Hashino também vê estúdios internacionais abraçando a fórmula moderna dos JRPGs. Produções como Clair Obscur: Expedition 33, por exemplo, já se encaixariam naquilo que ele chama de geração 2.0, demonstrando que o estilo ganhou projeção global.
Dos 8 bits à próxima década
O criador relembra que, nas origens de 8 bits, limitações técnicas guiavam o design. Hoje, hardware robusto permite mundos mais ricos e combate fluido, mas ainda baseado em fundamentos criados há 30 anos.
Nesse contexto, a era 3.0 dos RPGs japoneses surge como resposta à pergunta: “O que mais podemos fazer além de polir o que já existe?”. Hashino aposta em narrativas interativas ainda mais complexas e sistemas que reajam em tempo real às escolhas do jogador.
Imagem: Divulgação
Próximos passos de Hashino e do Studio Zero
Atualmente, Hashino lidera o Studio Zero ao lado do artista Shigenori Soejima. A equipe foi criada dentro da Atlus para desenvolver novas propriedades intelectuais, reduzindo a dependência de sucessos do passado.
Seu último projeto, Metaphor: ReFantazio, foi celebrado pela crítica, mas permanece relativamente próximo da fórmula Persona. A missão agora é ir além, adotando conceitos capazes de inaugurar, de fato, a tão comentada era 3.0.
No palco da G-Star, Hashino não cravou datas, porém deixou claro que já trabalha em ideias que podem transformar a experiência do jogador. Enquanto isso, fãs se perguntam: qual será o primeiro título a inaugurar essa nova etapa?
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