A criadora de Palworld decidiu traçar uma linha clara no mercado de jogos. Ao anunciar um novo selo de publicação para o início de 2025, a Pocketpair avisou que não aceitará títulos desenvolvidos com ferramentas de IA generativa.
John Buckley, chefe de publicação, afirma que a empresa quer produtos especiais, longe de modismos como Web3 e NFTs. A postura busca reforçar autenticidade em meio a uma enxurrada de lançamentos automatizados.
Pocketpair veta IA, Web3 e NFTs em seu próximo catálogo
Em entrevista ao site Game Developer, Buckley foi direto: “Se seu jogo depende fortemente de IA, não somos o parceiro certo”. Segundo ele, há muitas editoras dispostas a abraçar essa tecnologia, mas a nova divisão da Pocketpair prefere investir tempo e recursos em projetos criados por equipes que trabalham de forma tradicional.
A decisão chega num momento em que grandes companhias, como a Microsoft, correm para integrar IA aos seus produtos. Mesmo assim, a dona de Palworld aposta que ainda existe espaço – e público – para experiências que carregam a identidade única de seus criadores.
Qualidade antes de quantidade
Buckley reconhece que não pode impedir o avanço da IA nem a produção de jogos de baixo orçamento gerados por algoritmos. Ainda assim, acredita que uma curadoria mais exigente ajudará a destacar projetos autênticos. “Queremos estar do lado de quem busca algo especial”, comentou.
Na prática, a escolha implica avaliar de perto cada proposta recebida. Se o estúdio utiliza IA apenas em tarefas menores, sem impacto criativo, a publicação pode até ser considerada; entretanto, produções fortemente baseadas em algoritmos serão reprovadas.
Imagem: Divulgação
Polêmica sobre Palworld e o “falso positivo” da IA
O próprio Palworld já enfrentou suspeitas de ter sido criado com auxílio de IA. Buckley conta que convencer parte do público do contrário não foi simples, pois consumidores veem semelhanças estéticas e concluem, erroneamente, que o jogo foi gerado por máquinas.
A confusão se agrava quando empresas negam o uso de IA e depois são desmentidas, minando a confiança geral. Por isso, o executivo afirma que transparência total será regra em seu selo, reforçando a narrativa de autenticidade que a Pocketpair deseja construir.
Mercado de “autenticidade” em ascensão
Para Buckley, a indústria caminha para uma era em que a origem artesanal de um jogo será tão valorizada quanto seus gráficos ou mecânicas. “Vamos entrar num mercado da autenticidade”, disse, convicto de que o público saberá reconhecer quem realmente cria algo único.
Enquanto isso, Resumo de Novelas segue de olho não apenas nos roteiros dramáticos de doramas, mas também em movimentos como esse, que prometem mexer com a forma de produzir e consumir entretenimento digital. Quer mais novidades? Fique por perto e acompanhe nossos próximos conteúdos!
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