AILA, novo jogo de terror brasileiro criado pela Pulsatrix Studios, já pode ser jogado no PC, Xbox Series X|S e PlayStation 5. Desenvolvido na Unreal Engine 5, o indie aposta em atmosfera psicológica, escolhas que importam e um visual ousado para o orçamento enxuto.
Em cerca de 13 horas, o jogador controla Samuel, beta tester da inteligência artificial que dá nome ao título. As decisões influenciam o carma do protagonista e liberam finais variados, enquanto o preço de R$ 79,95 busca tornar o projeto acessível.
AILA entrega terror imersivo e narrativa ramificada
O jogo de terror brasileiro AILA se destaca pela história complexa. Elementos aparentemente banais encontrados no apartamento de Samuel revelam camadas sobre o passado do personagem e sobre um futuro distópico ambientado em 2035. Essa construção lembra momentos “mundo real” de séries consagradas, mas com identidade própria.
Easter eggs espalhados pelos cenários recompensam a exploração, desde alusões a Resident Evil até referências ao humor popular, criando conexão instantânea com o público nacional. A atenção a detalhes reforça a paixão da equipe, algo que o leitor do OrdemGeek certamente valoriza.
Som de primeira sustenta a tensão
A qualidade sonora é um dos pontos altos de AILA. Efeitos nítidos, grunhidos assustadores e dublagem competente colaboram para sustos genuínos. Em um jogo de terror, esse realismo auditivo amplifica a sensação de perigo e mantém o jogador preso à cadeira.
Quando a trilha fica silenciosa, cada passo ecoa, aumentando a ansiedade. Nos momentos de ação, disparos soam convincentes, reforçando o impacto de cada escolha em combate ou fuga.
Imagem: Divulgação
Nem só de sustos vive AILA. Fases variam entre exploração, resolução de enigmas criativos e segmentos de ação inspirados em clássicos, exigindo armas de fogo ou lâminas medievais. Alguns confrontos se estendem além do ideal, mas a curiosidade sobre o próximo desdobramento da trama mantém o ritmo.
Desempenho e limitações técnicas
Rodar um jogo na Unreal Engine 5 requer hardware parrudo. Em máquina com Ryzen 7 9800X3D, 32 GB DDR5 e RTX 5070 Ti, AILA manteve entre 80 e 100 FPS em 4K, com todas as opções no Ultra e DLSS em modo Performance. É resultado sólido para um indie, mas configurações modestas sentirão o peso.
Os gráficos mostram ambição: iluminação dinâmica, texturas detalhadas e cenários variados. Porém, a falta de captura de movimentos de alto nível deixa alguns NPCs com animação travada, quebrando a imersão em sequências específicas.
Bugs de colisão existem, mas são raros e não impedem o avanço. Com múltiplos finais, preço competitivo e áudio de referência, o jogo de terror brasileiro AILA prova que uma equipe pequena pode oferecer uma experiência marcante, mesmo enfrentando limitações de recursos.
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