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Receita internacional impulsiona indústria de anime e supera mercado japonês

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A paixão pelos animes atravessou fronteiras e, pela primeira vez, o caixa vindo de fora do arquipélago ultrapassou o faturamento doméstico. O salto confirma o apetite dos espectadores estrangeiros, que agora movimentam a maior fatia do dinheiro na indústria de animação japonesa.

Dados fresquinhos da Associação de Animações Japonesas (AJA) revelam quanto essa virada é significativa: mais da metade do montante obtido em 2024 veio de outros países, puxado, sobretudo, pelos serviços de streaming e pela distribuição global.

Animes mais lucrativos fora do Japão: números que contam a história

O relatório apresentado por Megumi Onouchi, durante a feira TIFFCOM, mostra que a receita total do setor subiu 14,8% e alcançou US$ 25 bilhões (3,8 trilhões de ienes). Desse bolo, US$ 14,25 bilhões (2,17 trilhões de ienes) saíram do mercado internacional, o equivalente a 56% do faturamento – marca recorde dos chamados animes mais lucrativos fora do Japão.

Enquanto isso, o público interno gerou US$ 10,97 bilhões (1,67 trilhão de ienes), ou 44% do total. Para efeito de comparação, em 2023 as vendas externas já tinham ultrapassado as nacionais, mas apenas por 51%. Em doze meses, a diferença engordou cinco pontos percentuais, graças a um crescimento de 26% lá fora.

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Por que esse salto? A AJA liga os pontos à popularização mundial das plataformas sob demanda durante a pandemia, que abriu caminho para novas dublagens, legendas e campanhas direcionadas. Desde 2020, quando a balança virou pela primeira vez, a curva só aponta para cima no exterior, enquanto o mercado doméstico segue praticamente estável.

O que muda para estúdios, fãs e plataformas

O avanço dos animes mais lucrativos fora do Japão muda a forma de planejar lançamentos, calendários de exibição e até modelos de negócio. Estúdios agora miram estreias simultâneas e cortes pensados em múltiplos idiomas para fisgar a audiência global logo de saída.

Para os fãs, a boa notícia é a oferta crescente de títulos em catálogos internacionais, chegando com menos atraso e mais opções de legenda. Além disso, títulos consagrados como Demon Slayer, One Piece e Attack on Titan permanecem como porta de entrada para novos assinantes em várias regiões.

Plataformas de streaming, por sua vez, disputam direitos de transmissão exclusivos, inflando investimentos em coproduções e licenciamento. Esse ciclo reforça o círculo virtuoso: mais capital estrangeiro, mais produções originais e, claro, mais animes se tornando lucrativos fora do Japão.

O Resumo de Novelas segue de olho nesse movimento que transforma a animação japonesa em fenômeno global – e promete novas atualizações sempre que o mercado der outro salto.

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