Andrzej Sapkowski, criador da saga The Witcher, confirmou que seu papel no desenvolvimento de The Witcher 4 é quase nulo. O escritor polonês contou que raramente recebe perguntas do estúdio responsável pela franquia nos games.
Mesmo afastado das decisões criativas, ele descreve o momento atual com a CD Projekt RED como “pacífico e amigável”. Para quem acompanha Resumo de Novelas, a fala surge justamente enquanto o novo livro “Encruzilhada dos Corvos” chega às prateleiras brasileiras.
Sapkowski detalha relação com a CD Projekt e com The Witcher 4
Durante o tour de divulgação do novo volume — lançado no Brasil pela Editora Martins Fontes — Sapkowski explicou que não enviou nenhum material nem participou de reuniões sobre The Witcher 4 até agora. “Não costumo ser consultado”, declarou ao site GamesRadar+.
Apesar do distanciamento, o autor se diz satisfeito com o vínculo contratual. “Os contratos entre eu e o pessoal dos games são excelentes. Vamos torcer para que continuem assim”, resumiu. O comentário reforça que, no momento, não há atritos judiciais ou criativos entre as partes.
Do passado turbulento aos planos para a nova trama
O clima cordial contrasta com o passado. Nos anos 2000, Sapkowski vendeu os direitos da série por um valor fixo e, descrente no sucesso dos jogos, recusou participação em receitas futuras. Quando a franquia explodiu mundialmente, ele processou o estúdio e, em 2019, firmou um novo acordo de royalties.
Imagem: Divulgação
A distância também se explica pela linha narrativa adotada pelos games. Todos os títulos se passam depois dos livros originais e são considerados continuações não canônicas. The Witcher 4 promete ir além, mergulhando em conceitos rejeitados pelo escritor, como a divisão de bruxos em diferentes escolas — ideia que, segundo ele, surgiu de um erro de revisão e “não vale” para o universo literário.
Ainda assim, a CD Projekt RED pretende aproveitar alguns elementos de “Encruzilhada dos Corvos”. No romance recém-lançado, o público encontra um Geralt mais jovem, em missões que moldam o caçador de monstros visto mais tarde. Esses detalhes podem enriquecer a ambientação de The Witcher 4, mesmo sem a supervisão ativa de Sapkowski.
Com contratos em dia e a boa vontade declarada de ambos os lados, resta aos fãs aguardar para descobrir até que ponto o próximo jogo alinhará — ou divergirá — do material original.
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