O futuro de The Acolyte mudou de rumo mais rápido do que a própria equipe imaginava. A criadora Leslye Headland contou que o que realmente a espantou não foi o fim da produção, mas a velocidade com que tudo aconteceu.
Em entrevista ao site TheWrap, ela explicou que, assim que começaram as ligações sobre audiência e repercussão negativa, percebeu o caminho que a série tomaria. Para a showrunner, cada projeto de Star Wars é medido não só contra novas estreias, mas contra todo o catálogo da franquia.
A polêmica em torno de The Acolyte
Headland revelou que The Acolyte atingiu a meta de público em algumas semanas, ainda que de forma irregular. Mesmo assim, a proposta ousada do programa precisava de tempo para encontrar o espectador ideal, algo que já não seria possível após o cancelamento repentino.
Segundo ela, a decisão de encerrar a produção teria sido tomada antes que a audiência-alvo pudesse se engajar completamente. A série explorava períodos pouco abordados no cânone, apostando em personagens inéditos. Essa abordagem diferenciada gerou curiosidade, mas também resistência por parte de fãs mais conservadores.
Além disso, a showrunner contou ter ficado abalada ao ver canais de YouTube que acompanhava há anos se voltarem contra seu trabalho. Muitas das vozes críticas eram conhecidas por ela, o que tornou os ataques ainda mais pessoais e dolorosos.
Planos engavetados para a segunda temporada
A equipe já discutia ideias para continuar a história. Entre as possibilidades estavam novos arcos que mergulhariam ainda mais na Alta República e no conflito entre Jedi e usuários do lado sombrio. Esses rumos, entretanto, devem permanecer apenas no papel.
Imagem: Bruno Galvão
Mesmo desapontada, Headland respeitou a decisão da Disney e destacou que conservará o aprendizado obtido. “Ainda sou fã de Star Wars e continuarei a ser”, frisou a criadora.
Críticas motivadas por monetização, diz Headland
Na visão de Leslye Headland, boa parte das críticas não tinha fundamento real. Para ela, muitos produtores de conteúdo atacaram The Acolyte visando aumentar visualizações, impulsionar doações no Patreon e manter a audiência engajada pelo conflito.
A roteirista demonstrou preocupação com fãs mais jovens, que, segundo ela, podem crescer consumindo apenas opiniões polarizadas em vez de assistir às obras e formar julgamentos próprios. Essa tendência, teme Headland, pode moldar negativamente o futuro da franquia.
Por fim, a showrunner reconheceu tratar-se de um negócio: “Entendo que todos precisam pagar as contas”. Contudo, lamentou que o debate se afaste do amor por Star Wars. No OrdemGeek, seguimos atentos a novos desdobramentos sobre The Acolyte e o universo criado por George Lucas.
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