Depois de anos de rumores, a Valve finalmente oficializou a Steam Machine, um computador compacto voltado para a sala de estar. O aparelho, apelidado carinhosamente de GabeCube pelos fãs, promete rodar a biblioteca do Steam com conforto de console.
Apesar da carcaça parecida com videogames tradicionais, a empresa deixou claro que o preço seguirá a lógica do mercado de PCs. Isso significa nada de subsídio no hardware para recuperar a diferença na venda de jogos, como costuma ocorrer com PlayStation, Xbox ou Switch.
Steam Machine: preço de PC, estreia no primeiro trimestre de 2026
Em conversa com o youtuber Linus Sebastian, a Valve reforçou que o objetivo é manter o valor do dispositivo “muito competitivo em comparação a um computador”, mas sempre dentro da faixa praticada para PCs. Em outras palavras, não espere uma etiqueta de console de entrada: o Steam Machine chegará custando o que um bom desktop gamer custa hoje.
A companhia preferiu não citar números, alegando que “as condições de mercado estão em rápida evolução”. Mesmo assim, o cronograma já está traçado. O lançamento foi fixado para o primeiro trimestre de 2026, acompanhado de um novo controle oficial ainda sem nome final.
Nessa estratégia, a Valve quer garantir que não perca dinheiro em cada unidade vendida — prática comum de rivais no setor de consoles. A lógica é simples: ao não subsidiar o hardware, a empresa preserva as margens dos estúdios e parceiras que comercializam jogos na plataforma Steam.
Porque a Valve evita o modelo de console tradicional
Linus Sebastian destacou que vender uma Steam Machine não garante que o comprador adquirirá títulos dentro da loja da companhia. Por isso, seria arriscado adotar o modelo “venda o console barato, recupere nos games” usado por concorrentes.
Imagem: Bruno Galvão
Margem e ecossistema em primeiro lugar
Ao manter o preço no patamar de PC, a Valve preserva o ecossistema que sustenta o Steam, loja de games há duas décadas. As parceiras continuam recebendo suas fatias habituais, enquanto a empresa evita prejuízos iniciais que poderiam comprometer o caixa.
Além disso, a estratégia abre espaço para configurações mais robustas sem cortes drásticos de custo. Para o público do OrdemGeek, isso significa acesso a componentes de respeito e desempenho consistente, sem surpresas escondidas no preço final.
Assim, quem planeja levar para casa a Steam Machine já pode se preparar: o investimento será semelhante ao de montar um PC gamer compacto. Faltam dois anos para a estreia, mas a Valve já marcou posição — qualidade e preço alinhados com o mercado de computadores, não com o de consoles.
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